Brasil não participa de ajuda humanitária e crê em renúncia de Maduro
O Palácio do Planalto informou a este blog que o Brasil não participa do cerco à Venezuela anunciado por Juán Guaidó.
O autoproclamado presidente da Venezuela declarou no sábado, sem dar detalhes, que haveria uma coalizão mundial de ajuda humanitária ao país, com três pontos de apoio já montados numa ilha não especificada do Caribe e nas fronteiras com o Brasil e com a Colômbia.
O Planalto montou um grupo de estudo sobre alternativas para o Brasil em função dos vários cenários possíveis para o futuro da Venezuela.
Depois de fazer o que os militares chamam de "espancar as ideias", a conclusão foi de que o presidente Nicolás Maduro não tem mais como se manter no cargo. O mais provável é que renuncie de maneira negociada.
"A essa altura ele deve estar preocupado com uma solução que preserve a sua vida", disse ao UOL um dos envolvidos nas discussões.
O grupo de estudo concluiu que está ocorrendo na Venezuela apenas uma fase do processo histórico e econômico de alguns países da América Latina. E que o Brasil já superou essa fase.
Para o governo brasileiro, por força de acordos internacionais, não há hipótese de nosso país se envolver no conflito, mesmo sendo favorável a que Maduro deixe o poder.
O máximo a que se chega entre os cenários estudados é o fechamento das fronteiras caso estoure uma guerra civil no país vizinho. E mesmo isso é complicado, porque as fronteiras são tomadas por mata.
Os militares brasileiros estão convencidos de que qualquer intervenção externa na Venezuela só poderia ser decidida pela ONU (Organização das Nações Unidas). A entidade, sim, pode até pedir que o Brasil participe do processo de intervenção. Mas aí é outra história.
A principal preocupação do grupo se voltou para os venezuelanos que estão no país ou que venham a imigrar durante o acirramento dos conflitos entre aliados de Maduro e oposicionistas.
O grupo de estudo, então, se fixou nos passos a serem seguidos após a saída de Maduro do poder. São eles:
- Oferecer condições de transporte para os imigrantes que desejarem voltar à Venezuela ou seguir para outros países que os acolham;
- ter identificados os municípios brasileiros em condição de receber aqueles que ficarem;
- realizar esse processo de internalização por fases, tendo como primeira delas o atendimento às Prefeituras com capacidade de recepção;
- qualificar mão de obra;
- montar força-tarefa multidisciplinar para dar cidadania aos imigrantes.
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