Toffoli deve antecipar para agosto decisão sobre dados de Flávio Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal (STF) pode antecipar para o início de agosto a decisão sobre até que ponto órgãos de controle –como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a Receita Federal e o Banco Central– podem compartilhar dados fiscais e bancários de cidadãos com o Ministério Público para embasar investigações criminais.
É o que informou ao blog o presidente da Corte, Dias Toffoli.
Nesta terça-feira (23), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu contra uma suspensão decidida na semana passada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
Dodge quer esclarecimentos sobre o alcance da decisão, quais processos ficam paralisados até o julgamento do caso pelo plenário do STF.
A princípio, o julgamento está marcada para 21 de novembro, quando será analisado pelo plenário do STF o recurso do Ministério Público Federal, de junho de 2017, contra Tribunal Regional Federal da 3ª Região que homologou autuação da Receita a dois sócios de um posto de gasolina de Americana, município do interior de São Paulo.
Os empresários foram multados por auditores fiscais em 2003 e condenados por sonegação após investigação do MP.
Flávio Bolsonaro alegou que o seu caso era idêntico ao dos empresários e pediu que a investigação fosse suspensa.
Na semana passada, o presidente do STF acolheu pedido de liminar (decisão provisória) e suspendeu em todo o território nacional processos que tiveram origem em dados fiscais e bancários sigilosos de contribuintes compartilhados por órgãos de controle sem autorização judicial.
"No início de agosto irei avaliar sobre eventual antecipação da decisão", disse Dias Toffoli ao blog.
Com isso, a polêmica girada em torno do assunto pode chegar ao fim.
Entidades ligadas ao Ministério Público e à Polícia Federal têm argumentado que a decisão liminar de Toffoli suspendeu praticamente todos os casos em andamento da Operação Lava Jato.
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