Líder diz que bancada do MDB não cogita desistir de Renan Calheiros

"A bancada do MDB não cogita abrir mão da candidatura de Renan Calheiros", disse ao UOL o líder do partido no Senado, Eduardo Braga (AM).

Segundo ele, a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Todffoli, "põe fim e pacifica a eleição para presidente do Senado".

Braga jura de pés juntos que os senadores passarão uma borracha no vexame da sessão de ontem e que não resta a Davi Alcolumbre (DEM-AP) "mais nenhuma manobra".

"Sim, foi um vexame a sessão de ontem. Agora é hora de esfriar os ânimos e os senadores têm maturidade para isto. O Alcolumbre não poderá mais fazer o que fez ontem. O Toffoli deixou claro que a votação de ontem não valeu e que um candidato não pode estar no comando durante a decisão dos senadores".

Na verdade a situação não está tão definida assim.

Está marcada para as 11h a nova sessão do Senado em que será decidido quem comandará a Casa.

Assim como o MDB, os aliados de Alcolumbre também estão preparados para uma nova batalha.

A possibilidade de surgir um tertius já era discutida ontem à noite como uma das saídas para a crise. Senadores aliados e da oposição e até alguns emedebistas discutiam nos bastidores nomes que pudessem servir como base de acordo, retirando-se tanto a candidatura de Renan como a de Alcolumbre.

"O problema é que nenhum dos candidatos que já estão postos, de vários partidos, se mostra disposto a abrir mão d e concorrer" disse o tucano Tasso Jereissati (CE) ao blog.

"Um novo nome do MDB só poderia ocorrer se o Renan desistisse. Não vejo disposição nele e nem na bancada de que isto ocorra", afirma Eduardo Braga.