Defesa colocará a juíza Gabriela Hardt sob suspeição
Lula: "O delator principal era o (doleiro Alberto) Youssef, que era amigo do Moro desde o caso Banestado."
Juíza Gabriela Hardt: "(…) Não vai fazer acusações ao meu colega aqui.
Lula: "Não estou acusando. Estou constatando um fato, doutora."
Gabriela Hardt: "Não é um fato, porque o Moro não é amigo do Youssef e nunca foi."
Lula: "Mas manteve o Youssef sob vigilância por oito anos."
Juíza Gabriela Hardt: "Ele não ficou sob vigilância oito anos e é melhor o senhor parar com isso."
O bate-boca faz parte do depoimento de Lula a Gabriela Hardt no caso do sítio em Atibaia. Mostra bem como foi o encontro.
Quer rever a cena? Ei-la:
Um Lula tentando transformar o depoimento num ato político e a juíza, visivelmente irritada e agressiva.
Gabriela Hardt agora condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão.
Antes de discutir o mérito do processo –se Lula é inocente ou culpado– há uma preliminar: a juíza deveria fazer a defesa corporativa de "um colega"? Deveria tratar o depoente de maneira agressiva? Deveria bater boca?
Vencida essa preliminar vale perguntar se, de fato, a juíza tinha legitimidade, depois daquele bate-boca, para decidir com isenção no caso.
O internauta pode rever abaixo outro vídeo na TV UOL mostrando o clima geral do depoimento:
Alguns acharão que sim, ela devia mesmo ser agressiva com quem tenta transformar a situação num ato político. E também podia defender seu colega Moro, bater boca com o depoente…
Outros dirão que não, que esse não é o papel de uma juíza e que ela perdeu a isenção para julgar o réu na medida em que assumiu a defesa do colega e até da promotoria (em outro trecho).
A agressividade era evidente desde o início do depoimento:
Como tudo nesse caso Lula e também na Lava Jato, as pessoas já têm lados definidos. Dificilmente mudam de posição diante de qualquer argumento.
Então vai aqui não um argumento, mas uma constatação:
Diante de como transcorreu o depoimento e da postura da juíza, é evidente que a defesa do ex-presidente tentará anular essa decisão sob o argumento de absoluta parcialidade.
Se vai conseguir ou não, só o futuro dirá.
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