Onyx consegue ficar sozinho como o articulador político do Planalto
Muito se falou ao longo da formação do governo de Jair Bolsonaro sobre o enfraquecimento de Onyx Lorenzoni.
Durante a campanha eleitoral, ele era o "Posto Ipiranga" político do candidato. Depois começaram a aparecer novos nomes na área.
Dois deles nomeados para o Planalto sinalizaram especialmente o enfraquecimento de Onyx: o ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno, como ministro-chefe da Secretaria Geral, e o general Santos Cruz no comando da Secretaria de Governo.
Com o tempo se viu que Santos Cruz não se envolve tanto assim nas articulações políticas com o Congresso, como se chegou a anunciar.
Bebianno era mais complicado, pois, como ex-presidente do partido do presidente, tem maior proximidade com os deputados da sigla. E também, diferentemente de Onyx, mantém boa relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Mas agora o secretário-geral da Presidência virou o alvo da vez da família Bolsonaro. Era esperada para a edição do Diário Oficial desta manhã a sua exoneração. Mesmo que fique no governo, dificilmente voltará ter a confiança do chefe e, portanto, capacidade de abrir a maçaneta do gabinete presidencial para os políticos. É para isso que vale o poder em Brasília: abrir maçanetas.
Quanto aos filhos de Bolsonaro… Bem, eles também ofuscam o poder de Onyx. Mas ficaram chamuscados pelas encrencas em que se meteram. Ora pela brigalhada de Carlos com Bebianno, ora pelas acusações que pesam contra Flávio, ora pelas mal traçadas articulações de Eduardo forçando uma política externa que desagrada aos militares ou brigando com sua bancada na Câmara.
No entorno político de Bolsonaro, sobrou o poder para Onyx. Tem pela frente uma tarefa árdua: articular a aprovação da reforma da Previdência junto com o desafeto Rodrigo Maia.
Será seu teste de fogo.
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