Onyx pressiona, mas Alcolumbre se impõe para votar sigilo de documentos
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, instruiu o novo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), a impedir a votação do projeto aprovado na Câmara que derruba o decreto presidencial que aumentou o número de funcionários autorizados a classificar informações como secretas ou ultra secretas.
Será o primeiro teste de autonomia do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), desde que tomou posse. Também pode servir como primeiro teste de força do Palácio do Planalto na Casa.
O projeto decreto ampliando o sigilo de dados foi assinado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e Onyx Lorenzoni no início do ano, quando o presidente da República estava em Davos, na Suíça.
Contra a vontade do presidente Jair Bolsonaro, a Câmara aprovou na terça-feira (19) um projeto de decreto legislativo derrubando o decreto presidencial.
Alcolumbre disse a seu amigo e cabo eleitoral na eleição para o comando do Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que se tiver pedido de urgência, colocará em pauta a votação.
"Tenho certeza de que o Davi não será usado pelo governo para descumprir o Regimento. Ele já declarou isso publicamente", disse Randolfe ao blog.
A senadora Eliziane Gama (PPS-MA) deu entrada ontem mesmo no pedido de urgência. Chegou antes de a Câmara enviar ao Senado o texto aprovado pelos deputados.
Se cumprir o prometido, Davi Alcolumbre deve colocar na semana que vem em votação o pedido de urgência. Aí caberá ao governo conseguir votos para impedir a aprovação.
Ou seja, o projeto de sigilo de dados comportará dois testes em um: se Alcolumbre terá a postura de independência que prometeu durante sua campanha ao cargo; e se o governo terá no Senado mais força do que demonstrou na Câmara até agora.
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