Chefes militares tentam evitar a demissão de ministro Santos Cruz
Os chefes militares começam a se movimentar para tentar manter no cargo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
O temor é de que ele não resista ao ataque coordenado que vem sofrendo dos bolsonaristas nas redes sociais, liderados pelo guru dos filhos dos presidente Jair Bolsonaro e pelo guru do grupo, Olavo de Carvalho.
Ontem o general manteve um encontro fora da agenda com o presidente no Palácio da Alvorada. Durou cerca de uma hora e meia. Santos Cruz disse a Bolsonaro que há uma operação coordenada contra ele.
O general deixou claro ao presidente que não pretende passar os constrangimentos que o ex-ministro Gustavo Bebiano viveu até deixar o cargo de chefe da Secretaria Geral do Planalto sob forte ataque de Carlos Bolsonaro e dos olavistas.
Santos Cruz queria saber se seu chefe incentivava o movimento de fritura, tal como ocorreu com Bebiano. Bolsonaro negou veementemente. Mas manteve as críticas à tal entrevista do ministro à Radio Jovem Pan, há um mês, em que defendeu a regulação da internet.
Foi exatamente essa insistência do presidente no assunto que fez o ministro deixar o Alvorada ainda sem estar convencido de que terá respaldo para permanecer no cargo contra Olavo e os filhos de Bolsonaro.
O desenterro dessa entrevista ocorreu no Twitter do apresentador do programa "The Noite", Danilo Gentilli, na manhã de domingo e desencadeou essa nova crise de governo
O twitter de Gentilli foi seguido de uma onda de ataques ao general nas redes sociais.
O que deixou os militares de orelha em pé é que Olavo de Carvalho, Carlos e Eduardo Bolsonaro entraram imediatamente na onda.
Pior: o próprio Bolsonaro acabou retomando o assunto, com críticas neste domingo mesmo à regulação da internet em seu Twitter e na entrevista ao Programa Silvio Santos.
Após o tuíte de Gentilli, Carlos e Eduardo Bolsonaro também partiram para a campanha.
Mas foi Olavo de Carvalho quem abriu guerra explícita. Desde o post de Gentilli, o blog já contou 13 tuítes do escritor contra o general, chamando-o de "merda" etc (grifos do blog em vermelho nas reproduções dos posts abaixo).
Santos Cruz não está disposto a sofrer como Bebiano. E os comandantes militares temem que a sua saída do governo trinque a aliança que vêm mantendo com o presidente e capitão reformado do Exército desde a campanha eleitoral.
Veja a série de tuítes que Olavo de Carvalho metralhou contra Santos Cruz desde que Danilo Gentilli desenterrou a tal entrevista, neste domingo.
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