Líder do PSL desobedece a Bolsonaro e insiste na volta do Coaf para Moro
"O presidente pode abrir mão de direito. Eu não vou abrir mão de obrigação", disse ao blog o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP).
Em uma transmissão ontem (23) no seu perfil no Facebook, Bolsonaro pediu que os senadores não alterem o texto da Medida Provisória 870, que trata da reforma administrativa do governo, aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira 22.
Major Olímpio argumenta que é sua obrigação lutar pela subordinação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e que não voltará atrás.
"Pedirei, sim, votação nominal para a MP no plenário do Senado", disse o senador.
Ele acredita que, com a votação nominal, a MP será alterada e o Coaf voltará para o Ministério da Justiça. A Câmara havia transferido o órgão para a pasta da Economia, onde estava antes da posse de Jair Bolsonaro na Presidência.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), calcula que "é grande o risco" de os senadores decidirem pela manutenção do Coaf Ministério da Justiça se a votação for nominal.
Nesse caso, a MP terá que voltar à Câmara para nova votação, com risco de caducar. Ela expira no dia 3 de junho.
"Se pedirem votação nominação nominal derrubarão a MP", disse ao blog o líder do MDB, Eduardo Braga (AM).
"O Senado tem atuado como um carimbador automático das decisões das Câmara. Isso tem que acabar. Não há mal algum em voltar para lá. Os deputados que se apressem!", retruca Major Olímpio.
O senador do partido do presidente disse ainda que Bolsonaro "tem que lembrar os motivos pelos quais foi eleito: para combater a criminalidade e a corrupção".
"O presidente tem que parar de dar ouvidos a essa gente que está em torno dele querendo negociar princípios que são inegociáveis. Nós, o partido e o governo, não podemos abrir mão da moral e da ética. Eu não vou fazer isso", insistiu.
Segundo Major Olímpio, "foi o próprio presidente quem primeiro disse que o Coaf estava sendo subutilizado no Ministério da Economia. Não faz sentido ele agora dizer que tanto faz pois continua no governo."
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