Com a reforma no plenário, a pressão agora é sobre o ministro Paulo Guedes
Durante a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara, o PSL do presidente Jair Bolsonaro vai insistir na tentativa de flexibilizar as regras de aposentadoria para policiais e enquadrar as carreiras da Segurança Pública na aposentadoria especial.
O partido do presidente pretende pressionar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a admitir a mudança em favor da categoria. Com isso, acredita que pode superar resistências no Centrão.
Para aprovar a reforma na comissão especial, os partidos do Centrão cobraram do PSL que substituísse no colegiado todos os deputados da bancada que votariam o destaque em favor dos policiais.
Os líderes não queriam carregar sozinhos o ônus de barrar as vantagens para uma parcela do eleitorado tão numerosa.
Mesmo com o presidente tendo defendido publicamente a categoria, o PSL acabou obedecendo ao Centrão: os dois destaques com benefícios para as carreiras policiais foram então derrubados na votação desta quinta-feira (04).
O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), ainda tentou argumentar, numa reunião com líderes, mas foi rechaçado violentamente pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo relato de parlamentares revelado pela repórter Andréia Sadi, Maia teria dito: "Aqui você não manda".
O Centrão só admitia voltar atrás se o ministro Paulo Guedes viesse a público defender as vantagens para os policiais. Mas, como se sabe, Guedes é contra e não aceitou defender uma exceção para a polícia.
Agora, deputados e líderes do PSL pretendem voltar à carga. A ideia é pedir ao Planalto para ajudar no convencimento ao ministro.
"Ele tem que entender que um ministro da Economia não é somente um técnico. Tem também que atuar politicamente. Não dá para ser duro o tempo todo", disse ao blog um dos envolvidos na operação.
"Se o presidente defende os policiais, os seus ministros têm que ajudar", disse outro deputado do partido com trânsito no Planalto.
Bolsonaro não tem se mostrado disposto a cobrar do ministro qualquer manifestação. Há o temor de que Guedes acabe pedindo demissão, já irritado com o fato de Congresso ter alterado tanto sua proposta original de reforma.
Até agora, o máximo que o presidente está disposto a cobrar do ministro é que ele não trabalhe contra as vantagens para a polícia.
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