Saída de coordenador da Lava Jato complica recondução de Raquel Dodge à PGR
Homem de confiança de Raquel Dodge, o coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na Procuradoria Geral da República, José Alfredo de Paula, puxou o tapete da procuradora-geral.
José Alfredo de Paula deixou o cargo na última sexta-feira e, com isso, praticamente bloqueou as chances de Raquel Dodge ser reconduzida ao comando da PGR, em setembro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem dito que não se prenderá à lista tríplice da Associação Nacional do Procuradores da República (ANPR) para escolher o sucessor de Dodge.
Bolsonaro nega que o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, é quem definirá o nome, mas admite que terá que ser alguém com apoio da Lava Jato.
José Alfredo de Paula deixou o cargo insatisfeito com a demora da PGR em dar andamento aos processos sobre a Lava Jato.
A delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro estaria parada no gabinete da procuradora-geral desde janeiro. O material precisa ser enviado ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para homologação.
A chefe da PGR não se candidatou à lista tríplice para sua própria sucessão. Mas se diz disposta a continuar no cargo se o presidente da República assim o quiser.
Os procuradores elegeram três nomes, na seguinte ordem: Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blaul Dalloul. Nenhum deles é do agrado de Bolsonaro, embora tenham aliados fazendo suas campanhas junto ao presidente.
Segundo revelou a colunista da "Folha" Mônica Bergamo, Bolsonaro tem dito que só divulgará o nome de sua preferência "aos 48 minutos do segundo tempo". E que a escolha vai surpreender.
Raquel Dodge recebe nesta terça-feira o grupo de procuradores da Lava Jato em Curitiba, liderados por Deltan Dallangnol.
Eles esperam uma manifestação em favor das investigações. Uma espécie de desagravo pelas notícias divulgadas pelo site The Intercept Brasil, em conjunto com a "Folha de São Paulo", a revista Veja e o colunista do UOL e da Band News Reinaldo Azevedo.
Mas a manifestação não deverá ser suficiente para Dodge reconquistar a confiança do grupo. Nem para convencer Bolsonaro de que sua recondução ajudaria no marketing bolsonarista em favor da Lava Jato.
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