“A prioridade é manter o mandato do presidente paraguaio”, disse Bolsonaro
Foi com um argumento político que o presidente Jair Bolsonaro derrubou recomendação do corpo técnico da Eletrobras de não anular a ata sobre compra de energia da usina de Itaipu assinada em maio por representantes dos dois países.
O Ministério das Relações Exteriores informou ao comando de Itaipu e à Eletrobras que a posição expressa por Bolsonaro foi a seguinte: "A nossa prioridade, neste momento, é manter o mandato do presidente paraguaio".
Assim, Carlos Alberto Simas Magalhães, embaixador do Brasil no Paraguai, assinou ontem (1º de agosto) em Assunção um documento em que o Brasil acata a decisão paraguaia de anular a ata pela qual o país vizinho passaria a pagar mais caro por energia da usina. Será feita uma nova negociação do preço.
A revelação na semana passada dos termos da ata assinada em maio provocou uma crise no governo do Paraguai. A oposição chegou a obter apoio de políticos governistas para o impeachment do presidente Mario Abdo Benitez.
No país vizinho, processos de impeachment são resolvidos em cerca de três dias. Com a anulação da ata, os governistas que se juntaram à oposição voltaram atrás.
Benitez é um paraquedista militar que se tornou presidente com uma campanha de cunho conservador. Ele e o presidente Bolsonaro se tratam como amigos e aliados.
A ata de maio geraria, segundo a oposição, um custo adicional de US$ 350 milhões (R$ 1,3 bilhão) pela energia vendida por Itaipu à Administração Nacional de Eletricidade (Ande) paraguaia.
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