Caravana de senadores à canonização de Irmã Dulce pode atrasar Previdência
Os articuladores políticos do governo souberam que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), planeja levar uma caravana de dez a 15 senadores ao Vaticano para assistir à canonização de Irmã Dulce pelo papa Francisco.
Aprovado o primeiro turno da reforma da Previdência, o governo passou a pressionar Alcolumbre a votar o segundo turno do projeto ainda na semana que vem.
A cerimônia de canonização está marcada para o dia 13, domingo da próxima semana.
"Vai ficar muito feio para o Congresso dizer que os senadores deixaram de votar a Previdência e partiram em caravana para a Itália", disse um dirigente da área econômica ao líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).
Para o governo pouco importa a briga entre deputados e senadores para saber qual parcela dos recursos da cessão onerosa do petróleo destinada aos estados será carimbada por emendas parlamentares ou administrada pelos governadores.
Essa briga já fez com que o primeiro turno não fosse concluído ontem e, ainda, provocou a derrubada do item que dificultava a concessão de abono salarial na reforma da Previdência.
O que importa ao governo é que o impasse está atrasando a votação do segundo turno e ainda provocando queda na arrecadação previdenciária.
Mas os senadores insistem que faz parte do pacto federativo deixar aos governadores a maior parte dos recursos e querem que o governo federal intervenha junto aos deputados.
O problema é que o governo está sem capacidade de negociação: os deputados, sob o comando do Centrão, têm tido mais influência sobre o Planalto do que os senadores.
Mais do que isso: os articuladores políticos do Ministério da Economia reclamam que o Planalto está sem qualquer articulador político tratando do episódio, deixando correr solto o impasse.
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